segunda-feira, 12 de junho de 2023

Sobre o dia dos namorados

Sinceridade e afeto me interessam! Nada menos que isso, nada menos do que ofereço. Em uma relação amorosa eu sonho em ter aquelas grandes histórias de amor que duram 40, 50 anos mesmo que não seja mais tão possível na idade em que estou, e mesmo que não dure décadas como as grandes histórias, que seja como o poema "eterno enquanto dure", pois não rejeito e lembro com carinho as boas eternidades que já vivi. 


Estou farto dos falsos elogios de quem se interessa apenas pela casca das redes sociais, dos jogos de desinteresse e conquista que rolam a todo momento por aí entre os jovens atuais, da empolgação virtual que dura menos de 24 horas e depois cada um volta a ser um mero rosto desconhecido, um match em um app de relacionamento que mais parece uma prateleira de supermercado. Onde foi parar o esforço de olhar nos olhos? Para onde foram as borboletas no estômago? Aquela vontade de ver a pessoa em um momento inesperado do dia? Uma foto pra rever toda vez que lembrar que se é amado? 


É muito bom ver tantos casais se declarando, se amando, curtindo a felicidade recíproca no dia dos namorados, não sou contra que seja assim, mas sinto uma ponta de inveja justamente dos casais que completam uma boda de ouro e dizem com certeza que se amaram desde o primeiro olhar, sem que pensassem que poderia ser outra pessoa  ou tivessem dúvidas quanto aos próprios sentimentos, acho isso raro e valorizo histórias reais assim quase como se fossem minhas histórias.


A minha busca é por algo simples, uma grande história que comece pequena e cresça na medida que ambos cresçam de mãos dadas, acreditando no potencial um do outro, um apoiando o outro, ainda que impossibilidades, dificuldades e obstáculos se apresentem na caminhada, que seja amor, respeito, reciprocidade, carinho, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, na riqueza e na pobreza, até que... Até que a eternidade se encarregue de dar o caminho e mesmo que seja o último encontro, o último beijo, ainda haja um abraço como se fosse o primeiro, ainda haja um beijo desejante, ainda haja um Eu Te Amo.


Pedro Garrido

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