quarta-feira, 15 de setembro de 2021

O determinismo do Bemmequer

Malmequer, bemmequer, malmequer... 


Assim se vai até as pétalas acabarem e a resposta ser revelada. A resposta está aos olhos de todos, mas somente na última pétala você vê o resultado que, aparentemente, era inesperado.


Como um resultado predeterminado ainda pode ser consultado sob a pena de uma flor ser despetalada? Jogo cruel, e assim é com alguns aspectos da nossa vida, estamos com o resultado lá na nossa frente, e despetalamos margaridas ou girassóis na expectativa de um resultado diferente.


Se brincarmos de malmequer com tudo, viveremos a falsa sensação de escolha, de livre arbítrio, mas na verdade estaremos tampando nossos olhos para uma resposta óbvia.  Malmequer.


Pois é, tudo pode conspirar contra você quando você aceita que as escolhas estão traçadas nas pétalas já contadas de simples flores. A única certeza da vida é a mudança, mudança de formas, de estações, de desejos, de humor. Tudo muda! Não dá para escolher o destino que já estava desenhado antes da flor brotar, desde o início ela já era determinada a ter aquela quantidade de pétalas.


Nós, ao contrário das flores, temos o poder de decidir onde queremos estar e assim só nós podemos decidir se queremos ser despetalados por nossas escolhas ou assumirmos o poder que temos de assumirmos caminhos, oportunidades, desejos, frustrações e ambições.


Não deixe para o malmequer a resposta que já está escrita na sua mente. 


Bemmequer, malmequer, bemmequer...


Com a última pétala caindo, será que a resposta vai ser o que você quer?


Pedro Garrido