Versos controversos dentro de uma fria regra?
Porém repletos de palavras ditas vazias?
Ou sentimentos revelando verdades na íntegra?
Uma dor com estrofes padronizadas.
Não podem refletir a verdade do sentir,
O ponto e vírgula se evaporam no fluir,
Das lágrimas poéticas desenquadradas.
Eu quero deixar o óbvio declarado,
Não me importo com a métrica nas sílabas tônicas.
Não me importo em quantas vezes vou rimar errado,
Eu não quero viver nessa sociedade lacônica.
Eu escrevo sobre a liberdade que se quebra sobre o mar.
Da mesma forma que falo sobre o brilhos das estrelas,
Elas que brilham na profundeza no seu olhar.
Por lembrar nosso abraço entre fagulhas e centelhas.
Eu só quero falar de amor!
Não me importa quantas palavras eu use!
Quem sabe eu escreva sobre o lápis de cor,
Que pelo menos algo de mim não me recuse.
Eu quero escrever longamente,
Sobre tudo que me vem no coração.
Eu viverei enquanto houver inspiração,
Até que do meu silêncio todo o resto se torne semente.
Das raízes se gritem sonetos cantados,
Odes venham leves das flores,
Das folhas fluam trovas multicores
Até que o mundo seja pela poesia infectado.
Não importa se rima ou não,
Eu quero me livrar da escuridão,
Haja luz! Disse o criador em ação.
Que a poesia seja o centro da criação!
Sendo em nós uma das formas de legítima adoração.
Eu so quero escrever no caderno.
Da eternidade que desceu na terra por mim,
Nasceu, viveu, morreu e não teve fim.
Eu quero declarar o meu amor Eterno.