sábado, 30 de dezembro de 2017

O que somos

Poeira estelar, pó, barro, terra, céu, universo, matéria, espírito, alma, lama, prótons, elétrons, íons, energia, molécula, eletricidade, velocidade...

Do que somos feitos de verdade?
Quando começamos a existir?
O que estamos fazendo com o que somos de nós?

Vaidade, vontade, sanidade, felicidade, fé, ansiedade, sentimentos, emoções, razões, variações, inversões, confusões, relações...

Quem deixamos de ser quando nos tornamos o que somos?
Quando vamos ser o que nos programamos?
Qual é a realidade que escolhemos quando tomamos decisões?

Incompletude, solitude, atitude, ilusão, revelação, arte, escrita, explosão, música, mística, simpatia, união, religião...

Subimos as montanhas mais altas e ficamos rasos na emoção?
Descobrimos o limite do universo e não entendemos a nossa própria imensidão?
Qual o tamanho que nós temos quando nos olhamos de fora?

Física quântica, teoria da evolução, quarks, quadros, expressões matemáticas e faciais, sistema nervoso e operacional, leis quebradas sem gravidade, política, peso, tração, tradição, abcs, porques, francês, síntese, antítese, doutorados...

O que você seria se descobrisse que nunca foi?
O que os adjetivos dizem que você é?
O que te torna substância para alguém?
Por que não curte a vida por ela ser breve?

Seja como for, seja leve, porque o que vivemos é breve e somos antes de tudo, parte do todo, somos instantes, somos tudo o que somos e tudo que ainda podemos descobrir.

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

Céu de pedra

O céu não é de pedra, mas nossa mente transforma dias ensolarados em grandes tempestades, nuvens brancas em bronze intransponível, deixa pesado o fardo que era pra ser leve.

A nossa mente questionadora tira a leveza dos bons momentos, cria uma casca de dúvida sobre as certezas existentes, nos faz pensar com cautela exagerada e dar vazão aos medos que nos circundam, nos isola quando mais precisamos de atenção.

As experiências negativas prendem a mente ao passado e guiam nossos passos com base nas nossas quedas, tiram de nós a experiência de levantar novamente, nos fazem entrar e sair em confrontos meramente imaginários, criando vários cenários possíveis de caos e terror, talvez seja por isso que digam que a maior das nossas batalhas é a batalha interior.

Por causa das frustrações deixamos de viver o novo, de acreditar que sejamos capazes novamente de sonhar, calculando cada risco e avaliando quem chega com muito mais rigor, não que seja desnecessário, mas às vezes o necessário mesmo é correr o risco do riso, deixar correr o rio, não represar os sentimentos, quebrar as pedras que limitam nossa fluidez e descobrir um grande mar de potencialidades.

De perto ninguém é normal e nunca vai ser, não existem pessoas perfeitas, não existe experiência sem passado, não existe superação sem obstáculo, não existe vitória sem propósito, não existe sucesso sem que o fracasso nos aconteça pelo menos umas 100 vezes, o maior erro é nunca ter tentado e ter perdido a oportunidade de descobrir a roda, a roda que fez sua emoção andar, o fogo que aqueceu um coração, um som que te fez falar, um rosto que te fez pintar sobre um amor que te fez ter fé para ir além do que se tem e do que se acreditava ser.

Cada mente é um universo, cada um tem sua história, cada pé tem as marcas de uma caminhada, cada um tem sua própria identidade e sua própria forma de enxergar o mundo, nem sempre o que você quer vai ser seu, mas se você partir em busca da sua descoberta, terá algo completamente novo, se você apenas ousar.

Os outros? Eles estão vivendo, duvidando, acreditando, errando, aprendendo, acertando, talvez tendo as mesmas lutas que você, mas a vida não é uma receita, só você pode ser aquilo que é, só você pode contar o seu testemunho, só ouse ser! Talvez tenha gente se inspirando em uma grande história, talvez seja a sua.

Alguns dias os céus podem mesmo ser de pedras, nossas mentes podem ser prisões, nossas dúvidas podem nos atrasar, mas tudo é passageiro, basta continuar.

segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

Tempo ao tempo

Não me responsabilizo por palavras e atitudes que não são minhas, não olho para mim como se eu fosse extensão de histórias que eu nunca contei! Se um dia em meu passado tive pessoas que contaram minhas dores pelas visões delas, quero que esqueçam tudo que sabem sobre mim, pois a minha história só eu sou capaz de contar!

Esqueça tudo que você dizia saber sobre mim, esqueça a distorção que o julgamento alheio causou nas suas impressões, esqueça todas as perguntas que você não fez porque alguém respondeu se baseando nas próprias ilusões!

O tempo afasta dúvidas e muda certezas, o tempo move montanhas com a brisa de um vento, o tempo desfaz mal entendidos que nunca foram compreendidos com simples palavras vazias, o tempo tira nossas antigas razões e desfaz as equivocadas emoções.

O tempo que afasta é o tempo que aproxima, o tempo que limita é o tempo que expande, o tempo que desertifica é o tempo que traz a vida, o tempo que tira tudo do lugar é o tempo que alinha tudo de novo, o tempo que confunde é o que também explica, tudo ao seu tempo, pois o tempo não é o senhor, mas o Senhor também é tempo!

Se você não entende o propósito do tempo hoje, amanhã você entenderá.
Tudo que hoje é obscuro, amanhã se esclarecerá.
As tempestades e as guerras que você viu se levantar, todas elas vão passar.

Chegou o tempo em que vamos precisar colocar as coisas no lugar caso queiramos mesmo avançar onde estagnados esperávamos por mudanças de posturas e ações que nunca vieram, chegou o tempo em que mudar nossas posturas é essencial para vencer o que antes era intransponível, vencer a nós mesmos, jogar o desnecessário fora, chegou o tempo de viver a sua versão da história, porque muitos outros já contaram o que ouviram, mas não viveram nem sentiram o que você tem a dizer.

sábado, 23 de dezembro de 2017

Sábado à noite

Todo mundo espera algo de sábado à noite.

Tudo começa quando dizemos aquela frase: " Ninguém é feliz sozinho." e vai caminhando em alternâncias com momentos em que dizemos que "estamos melhores sozinhos que mal acompanhados." e muitas outras frases que usamos quando estamos em nossos momentos de carência ou de simples reflexão, mas seria muito bom se estivéssemos passando o tempo todo por aquilo que estamos dizendo.

Uma das grandes verdades da sociedade e da nossa vida íntima é que estamos sempre esperando que um som diferente ecoe por nossos corações, que uma ligação caia por engano no nosso telefone, que algum clichê de novela aconteça quando estamos distraídos e alguém toque nossa mão de forma inesperada. Sim! Estamos nessa busca desenfreada por alguém que nos complete ou por alguém que nos transborde, não importa qual tenha sido a nossa última decepção, a nossa última dor, o nosso último fracasso, o nosso rumo pessoal ou profissional, estamos sim buscando essa sensação de novidade para acalmar o coração, só que nem sempre admitimos.

Alguns optam por baladas e dizem que só querem pegação, outros escolhem movimentos espirituais em busca de purificação, outros escolhem seguir causas sociais, políticas, comportamentais, se envolvem em mil rotinas diferentes porque fogem de seus devaneios não realizados, muitas são as desculpas para os que dizem fugir de ter um amor ou um amado para recordar, mas é inegável que em nosso universo ninguém quer terminar sozinho, sem ter uma grande história pra contar, relembrar ou ver álbuns com os netos no futuro.

Então quando somos vistos com alguém que assumimos para os outros, somos taxados de carentes, pegadores, entre muitos outros adjetivos, que sabemos que aqueles que olham também o fazem ou se não fazem, estão esperando que alguém venha os fazer o convite de entrar na dança, porque nos olham como se tivéssemos um cisco no olho, mas gostariam de ter o mesmo cisco ou até tem um cisco e escondem suas mazelas dos outros para manter a aparência de durão ou durona que tem.

Todos nós temos nossas dores, nossos recomeços, nossas ilusões, nossas tragédias, mas nem todos nós assumimos que elas existam, nem todos nós queremos expor nossas falhas, nossa identidade, jogar a máscara fora, apresentar ao mundo nossos pontos fracos e deixar que nos atinjam com tudo, mas as vezes mostrar nossa fraqueza pode ser sinal de força, não ter medo do julgamento é sinônimo de personalidade, não esconder as feridas da própria história é sinal de maturidade, mesmo que de segunda à segunda estejamos envoltos por outras prioridades, todos nós queremos algo que nos tire do mar das impossibilidades e nos coloque num barco à vela rumo ao desconhecido.

Toda esperança de futuro passa pelo fato de aprendermos com as experiências do passado, mas mantermos nossa mente no presente, acreditando que há algo maior lá fora e que nossa escolha pode dar o impulso necessário para viver o que esperamos tanto. Não é carência querer ser feliz, não é vergonha querer uma companhia, não é ilusão acreditar que existe alguém do outro lado da sua busca, nada é irreal ou distante demais do seu sonho.

Hoje pode até ser domingo de manhã, sexta-feira às 3 da tarde, uma noite qualquer de verão, porém, mesmo que não seja sábado, todo mundo espera algo de um sábado à noite.

sábado, 16 de dezembro de 2017

Quando dois mundos se encontram

Amar é abrir o seu mundo para que outra pessoa possa entrar e fazer moradia, é também descobrir um novo mundo fazendo e estabelecendo sua moradia nele.
Amar é também a união destes dois mundos, mundos que podem ser diferentes, e assim como em tudo no universo, podem entrar em choque no momento inicial, mas depois que a poeira assenta, encontramos algo completamente novo em meio ao caos da criação.
Não existem amores uniformes, mas amores que se adaptam a desbravar e descobrir as necessidades do mundo em que estamos entrando, sabendo que cada cenário tem e terá um relevo diferente, uma forma de trilhar cada caminho dentro da sua nova moradia.
Se o amor não faz você abrir mão de parte do seu mundo para somar-se ao outro, então você nunca amou solenemente.
O amor te faz abrir mão, mas te dá a oportunidade de ser mais do que era antes, afinal podem dois mundos serem menores que um?

A vida dos posts instantâneos

Não existe vida perfeita! As pessoas apenas exibem a parte boa do que vivem, tiram 500 fotos para que uma saia boa, ensaiam cada movimento da dança, do beijo, dos pés no mar,  enfatizam o que conseguiram em seus currículos...

Não, a vida não é feita somente de sorrisos, os pés doem, os beijos nem sempre são retribuídos, a areia da praia queima os pés ao sol, a melhor foto nem sempre vai representar o que estamos sentindo, nossos currículos são geralmente inferiores ao que queríamos, nossos diplomas ficam guardados numa pasta até o fim da vida,  enquanto tentamos dar sentido ao que estamos querendo produzir.

Quem quer conhecer os dramas de cada um? Quem quer ver a bolha nos pés? Quem quer ver uma foto sua na roleta de um ônibus lotado? Quem quer ter o pior ângulo de si mesmo registrado nas redes sociais?

A vida nunca vai ser aquilo que as pessoas postam em suas páginas de amigos, seus amigos nunca serão tão felizes quanto você, porque todos nós estamos escravizando nossas mentes para acreditar que contos de fadas existem, competimos pela felicidade momentânea de um like em dia de sol, mas é só uma maquiagem para esconder toda a chuva que faz lá fora, no mundo real.

A chuva cai lá fora, eu não sou perfeito,  eu chovo no sol, eu corro de mim e tenho tantas batalhas internas quanto um ser humano normal. Eu sou um mero mortal, morrendo desde o dia em que nasci, crescendo e caindo, levantando e segurando a mão de quem quer caminhar comigo, em alguns momentos me jogo da ponte, em outros eu me desespero pra não perder o chão.

Não se preocupe, não existe a vida que postam por aí! A vida não é perfeita, mas pode ser melhor se não dependermos da aceitação de quem não trava nossas batalhas por nós.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Convite à felicidade

O convite é para sermos felizes, sem hora para começar, sem hora pra terminar, sem regras  pré definidas de como alcançar a felicidade, sem receita de bolo para manter, sem estipular metas inalcançáveis...

O convite é para sermos felizes, não para sermos neuróticos por resultados, é para contemplar o pequeno, ver o belo nas pequenas coisas, encontrar inspiração em meio aos problemas, é para sorrir depois das lágrimas terem percorrido o rosto, rir do tombo e levantar novamente como criança no parque de diversões, machucar o joelho e sair para brincar novamente, perder o dente de leite e não ter medo de mostrar a janelinha que ficou, entregar um presente pequeno para seu melhor amigo como se fosse uma grande descoberta, não ter medo de abraçar desconhecidos e ser retribuído.

Estamos sendo convidados a sermos empáticos com o diferente, a nos importarmos com o que poucos dão importância, a termos o amor inesgotável independente das feridas que nos impuseram ou do peso da caminhada.

Estamos sendo chamados ao encontro com o novo, com novas formas de priorizarmos nossas vidas, com novas maneiras de lidarmos com o stress e a labuta diária, estamos sendo chamados para olhar aos céus e vermos as estrelas além das nuvens, quebrarmos os limites que disseram que existem em nossa existência, o convite é para que antes de namorarmos alguém, possamos namorar a vida e a nós mesmos.

Felizes os que se esvaziam do próprio eu, felizes os que se choram, felizes os que se entregam de coração, felizes eu e você quando acreditamos que podemos desatar os nós que existem dentro de nós, felizes os que são capazes de se reinventar e renovar o fôlego, mesmo após batalhas intensas, felizes os que sonham e não tem medo de realizar.

O convite não tem endereço nem hora marcada, o convite é para ser feliz, podemos começar agora!

sábado, 2 de dezembro de 2017

Luz em dias nebulosos

A beleza das nuvens não reside na sombra que elas fazem, mas sim na forma como ela distribui os raios de sol que passam por ela.

Não tenha medo da escuridão, da nuvem pesada, da provável tempestade que pode vir. Ainda que a noite chegue apressada, a chuva caia, os céus se fechem repentinamente e você pense apenas em rotas de fuga, esteja atento à luz que passa e chega até você.

Nenhuma nuvem pode te esconder da luz, nenhuma sombra pode tirar a esperança de ver os céus, nenhuma tempestade pode evitar que o sol renove os dias.

A beleza da vida é que mesmo nos tempos incertos, mesmo que tenha nebulosidade sobre o nosso futuro, mesmo que o nosso presente tenha sido revolvido e remexido por tempestades do passado, ainda teremos raios de sol que nos guiarão e transformarão nosso solo em terra produtiva e nos farão render grandiosos frutos no final do dia.

Não tenha medo de olhar o céu e pedir conselhos, não tenha medo de buscar abraços nos dias ruins, não tenha medo de se derramar em tempestades, a luz que você precisa está em você neste exato momento.

Você é parte dos céus, parte do universo, parte do plano de Deus para a humanidade.

quinta-feira, 23 de novembro de 2017

Presente

É assustador pensar no que podemos ser para alguém. Vilões, heróis, coadjuvantes, figurantes, revelações...

Isso tudo de uma hora pra outra tudo muda, tudo parece certo e no outro dia só restam cinzas, ou que parecem cinzas de uma guerra ressurge com imensa luz.

Às vezes queremos estar perto de quem nem sabe da nossa existência, às vezes decepcionamos quem gostamos, deixamos passar quem se importa e nos aproximamos com falsas esperanças, quem nem esperávamos passa a fazer diferença no exato momento em que aparece, mas cabe a nós esperar o momento certo, cabe em cada momento sua certeza, cabe colocar em Deus a nossa esperança e acreditar que o melhor é o que há de vir e o momento presente.

Sem que a gente se deixe levar pelos momentos, sejam de raiva, de dor, de solidão ou de simples análise.
Se não foi, não era pra ser. Se deixou de ser, não se culpe e nem culpe as circunstâncias. Se liberte dos medos, das mágoas e das percepções erradas. Se liberte dos complexos, dos fatos passados.

Você será muito feliz!

Então, aquele abraço que foi dado, o carinho recebido, um beijo na testa, uma palavra de conforto, tudo isso não terá sido feito em vão se você acredita que qualquer atitude na nossa vida deve ser revidada com o ato simples de amar.
Seja dado o amor como moeda de troca, mesmo que tenham te batido, te humilhado, te crucificado, o amor ainda assim deve ser a única forma de trocarmos com alguém aquilo que recebemos.
Só o amor pode ser capaz de transformar um rio morto em um mar de vida, um vale seco em uma floresta e tirar sorrisos de pessoas sofridas.

A vida é breve, a vida é brisa!

segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Leveza infante

Eu admiro suas pequenas grandes proezas, admiro a sua inteligência, postura e sua dedicação ao que faz. Me orgulho ao ver a seriedade que dá ao fazer o seu trabalho, e apesar de toda a vontade que tenho de te enforcar, mesmo com raiva de você, eu te olho de relance com carinho, eu ando meio passo atrás para olhar seus movimentos, eu paro meu mundo de questionamentos para observar o seu. Eu não consigo deitar na cama sem passar minha mão no seu corpo e sentir sua nudez extra corpórea. Eu me encanto pelo seu sorriso e pela sua persistência em dividir seu mundo com o meu.
Não sei se isso é amor, não sei se o amor pode ser tão tempestuoso, mas se isso é amor, então espero que seja real. Deixe o amor se fazer leve, não deixe que as cobranças diárias por resultados transformem o amor em uma empresa, que saibamos gerenciar nossas sensações e aproveitar o que o momento nos revela.
A vida pode sim ser mais leve, um presente pode sim ser especial, um beijo demorado pode acariciar um coração dolorido, nossas expectativas de superação podem dar lugar a um relacionamento completamente diferente quando deixarmos o padrão de lado. Soltemos as correntes que nos prendem em nossos mundos e nos fazem prisioneiros dos nossos monstros e razões e seguremos as fitas que nos levam a voar no balão de ar, que sem destino pode pousar em qualquer lugar, revelando inumeras paisagens que evitamos antes de olhar, por seguirmos mapas demais, por medo de nos perdermos de nós mesmos no caminho.
Nenhum relacionamento é igual ao outro, ninguém vai ser 100% o que a gente sonhou, mas aos poucos nossa realidade pode substituir a ansiedade de querer seguir uma reta até o final pela curiosidade de contornar as curvas com leveza e espírito aventureiro, como uma trilha que nos leva ao ribeiro, mas contornamos pedras e desfiladeiros com o prazer de saber que estamos chegando e aproveitando o caminho e reverenciando a beleza ao redor.

Aquele eu

Aquele eu que existia num passado distante talvez não exista mais, nem volte a existir da forma que era. O eu que existe hoje parece refletir esse passado distante, mas está em busca de um futuro mais brilhante. Se esse eu não tivesse passado por tudo que passou pra chegar aqui, talvez nunca tivesse sido eu.
Aquela foto antiga que eu nunca apaguei, aquele post que hoje é ridículo, aquelas expressões que só eu fazia, aquelas opiniões que eu dava, aquilo tudo era eu, aquilo ainda sou eu e nunca deixou de ser.
Não há motivos para fingir ser o que nunca fui, fingir que nunca senti o que já doeu demais, negar que amei quando já amei sem medir, ou dizer que nunca errei sendo o maior dos pecadores. Não há motivos para esconder as vergonhas debaixo do tapete, jogar as glórias no lixo, nem exorcizar os meus fracassos, porque eu sou tudo isso que já vivi, eu sou as marcas que deixei no tempo e as escolhas que trouxeram e levaram pessoas que me marcaram.
Não espero que o tempo ou as pessoas voltem atrás, apesar de já ter tido esperanças disso, já quis causar um efeito borboleta, ter o controle remoto do tempo, navegar de volta nas águas da vida e parar as tempestades que vieram, mas percebi que não adianta tentar parar o universo, o aprendizado é o que nos faz ser quem somos e dar origem ao que ainda vamos ser.
Aquele eu ainda sou eu, a essência sou eu, admito que cresci, admito que doeu crescer e não pretendo me conformar em continuar a ser o que ainda sou. Aquele eu ainda grita algumas vezes, ainda se desespera, ainda se confronta, aquele eu é tão humano quanto eu e vai sangrar sempre que houver uma ferida, sempre vai chorar se houver uma lágrima, e sempre vai acreditar enquanto houver oportunidade de lutar!
Muito prazer! Eu sou aquele eu que você ainda vai conhecer.

domingo, 29 de outubro de 2017

Multidões na solidão

A solidão invadiu as multidões e preencheu de vazio os corações.
Os indivíduos, egoístas dentro de sí, perderam o olhar exterior e procuram versões de sí mesmos em espelho de ilusões.

Grupos que embora se pareçam, não passam de réplicas de várias solidões, buscando aceitação de outros milhões.
Hora buscam estar a sós, hora querem viver num parque de diversões, hora vivem perdidos no passado, hora vivem espreitando o futuro, estão contando as horas, estão como estamos todos nós.

Vivemos em busca de utilidade e descartamos todos que não nos servem mais, abandonamos, deixamos no caminho, esquecemos raízes e origens, buscamos um topo e um horizonte, o auge do sucesso, deixamos tanta coisa pra trás, ignoramos gestos, sentimentos, endurecemos com as decepções, um mundo com cada vez mais vilões, nossas fraquezas são cada vez mais evidentes e penetram todas as proteções.

Nas ruas, dentro das casas mais luxuosas, embaixo dos viadutos, no relento da cidade, pedindo moedas ou na cobertura dos prédios, estamos sentindo o mesmo frio, estamos com a mesma fome, vivemos o mesmo desconforto, sentimos a mesma dor, morremos das mesmas doenças, sofremos a mesma violência.

Estamos todos sós, estamos esperando alguém que olhe por nós, alguém que ouça nossas histórias, alguém que compartilhe suas lições, alguém que seja capaz de nos amar, nos tirando dessa guerra sem trégua por posições.
Do mais alto executivo ao poeta da esquina, estamos discursando a mais absoluta solidão, quando buscamos lá fora a vida que há muito tempo perdemos em nós.

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Deixa acontecer naturalmente...


Não é deixar para lá e esperar cair do céu, é você fazer o que pode fazer, sem pressa, sem pressão, sem pular etapas, sem desistir pela demora do efeito ou das contrariedades que podem surgir no caminho.
Não forçar portas sem ter chaves, não forçar relacionamentos sem intimidade, não forçar parcerias com quem não quer sociedade, não forçar palavras quando o silêncio bastar, não subir mais degraus que o que você é capaz de subir agora.
Aos poucos é que a vida vai dando certo, aos poucos as coisas vão se ajeitando, a gente vai se aprimorando, os relacionamentos vão se formando, as portas se abrem e tudo que tiver de ser, vai ser, quando naturalmente se encaminhar para o seu rumo.
Se algo não corresponde às suas expectativas, repense se está no caminho certo, se estiver, então pense na velocidade que você precisa para sua realização, se não estiver, dê um tempo para que o tempo possa agir ao seu favor.
Deixa acontecer naturalmente.

80 dias

O que somos capazes de fazer em 80 dias? Qual a velocidade do tempo? Quantos anos vivemos em 80 segundos?
Um cantor dizia que a vida era rara, outro diz que o tempo não para, o poeta diz que o tempo é o agora, o filósofo diz que o hoje já aconteceu, o físico diz que tudo é mutável e indeterminado, a bíblia diz que o universo foi criado em 6 dias, mas o que significam os números?
30 dias de férias são curtos, 30 dias doente são longos, alguns dias são amenos, outros estafantes, uma vida pode durar menos de um dia, um século pode ser uma pequena porção de eternidades, o tempo pode ser uma ilusão, mas mesmo que a gente tente contar e conter o que a gente não vê, se torna louco, mas não volta atrás.
O tempo é mera ilusão que carregamos em bolsos, celulares e relógios, o tempo é limitação humana, o tempo é flecha lançada em uma única direção correndo sem alvo, o tempo é o nome que damos ao que estamos tentando ganhar quando estamos perdendo.
Dê tempo ao que chamamos de tempo, chame de vento, deixe a brisa correr, e corra em seu favor, como se fosse o seu alimento.
Sua volta ao mundo começou, aproveite que o mundo nunca é o mesmo e conheça todo o mundo que há em 80 maneiras de se dizer eu te amo a quem se quer ter junto.
Diga 80 vezes sim, diga 81 e siga dizendo, sem prazo para acabar.
Não temos tempo a perder.

sábado, 16 de setembro de 2017

Nuvens.

Sobre pessoas e nuvens

Pessoas são como nuvens, estranha comparação, mas nas entranhas faz todo sentido imaginar. Temos nuvens e pessoas de diversas formas, tamanhos, cores e sabores.

Todos somos passageiros, todos somos como nuvens ao sabor do vento, indo e vindo, mudando, transformando, chovendo, secando, atravessando montanhas, virando mares aéreos, algodão, solidão,  fantasia, imaginação.

Existem nuvens que passam tão rapidamente, que nem percebemos para onde foi. Existem aquelas nuvens, que mesmo com o vento teimam em permanecer, passam devagar como se nos observasse, como se quisessem ser contempladas.

Tem aquelas nuvens que passam baixas como névoa, como se te envolvessem e quisessem te levar com ela, algumas chegam cedo, outras ficam e se disfarçam esperando o fim do dia. As névoas gostam de manter o ambiente pouco visível, talvez queiram que você se perca dentro dela e desista de sair.

Nuvens altas que te deixam inebriado, te fazem olhar para o alto e imaginar a distância que estaria de você, o avião que passa lá no alto ainda está bem abaixo dela, nuvem de ares rarefeitos, fria, gélida, não é fácil de alcançar.

Tem aquelas nuvens em formato de algodão, que cortam o céu com ar de simplicidade, tomam conta de tudo e trazem consigo o ar de tranquilidade, dá gosto de ver o dia amanhecer e anoitecer com ela, dá vontade de ser como ela e ir rumo ao horizonte.

Tem nuvem que é tão pequena que some, se une com outras maiores, se desfaz no menor toque, nuvem delicada, dá vontade de guardar num pote e nunca mais mexer...

Tem nuvem que nem nuvem é, é fumaça, rastro de avião, explosão de fogos, é tudo, menos nuvem, você vê passar, não sabe como começou e nem como vai terminar, mas dali nem chuvisco sai.
Frente fria, é aquela que chega e vai, traz o frio que carrega em sí, leva frio por onde passa, a chuva cai incessantemente, é como o coração humano que já amou um dia, mas deixou de acreditar.

Algumas nuvens são avassaladoras, chegam breves, suaves, mas são indício de grandes tempestades, quando você acha que ficou tudo tranquilo, é que acaba de entrar no olho do furacão, no final, domina tudo por onde passa e quando termina, quase nada sobra de você, o furacão acaba e só resta contar os prejuízos.

Tem a chuva de verão, que se levanta com o calor do momento, grande, imponente, forte, delas saem raios e trovões com frequência, parece muito nervosa, mas no cair da tarde ela cai junto, desaba em chuva, granizo, uns 20 minutos e depois ela se revela nas cores do arco-íris, levando beleza e frescor ao final do dia.

Tem aquela nuvem de poeira, tempestade no deserto, tudo que é seco, permanecerá seco e assim será. Vento, apenas vento quente, que faz qualquer viajante sentir sede e ver miragens, talvez traga ilusões quase reais de que tem algo lá, mas te maltrata e mata.

Poluição urbana: Baixa como a névoa, porém tóxica,  perigosa, te deixa doente, traz chuvas que corroem o ferro, afaste-se do modo urbano dessas nuvens.

Somos todos pessoas, gerados em nuvens cósmicas de poeira, lá onde estrelas e planetas nascem, também nascemos nós, talvez por isso sejamos como nuvens, tão caóticos, tão passageiros, tão misteriosos, porque somos pessoas buscando por nuvens ou o contrário e não sabemos.

Deixe a luz entrar!

Deixe a luz entrar!

Abra a janela, deixe a luz entrar!

Que ela ilumine aquele cômodo mais escuro da casa.
Que ela ilumine aquele lado mais incômodo da alma.
Que ela chegue ao seu coração.

Abra as portas da alma, convide o sol a entrar, sirva um café quente, tenha uma boa conversa.

Aquele canto empoeirado vai ser revitalizado, aquela roupa antiga pode ser doada, aqueles livros esquecidos voltarão a ser lidos, sonhos engavetados serão realizados, mágoas guardadas no espelho serão apagadas.

Deixe a luz entrar, tire tudo do lugar, jogue fora o que não serve mais, muita coisa boa pode acontecer quando decidimos nos livrar do que não nos serve mais.

Dê o seu sorriso mais verdadeiro, derrame sua lágrima mais contida, arrebente as cordas que te aprisionam, quebre toda corrente que te limita!

Hoje é o seu dia de deixar a luz entrar!

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Alma em guerra.

Me enveredei em sua alma, mas ela estava tão cheia de multidões, que não sabia se aquela multidão era feita por várias versões inexistentes de mim ou versões exageradas de sí mesma.
Aquela cena deu medo e antes que minha alma se tornasse parte dessa multidão perdida, peguei o caminho de volta daquele imenso labirinto, busquei as partes de mim que quase se arderam nas chamas de suas insanidades e mesmos marcado pelas cinzas que voavam dessa guerra interior, busquei a luz que ainda se via pela janela antes que tal abertura se fechasse.
A dor de entrar em um espaço tão apertado ainda ecoava sobre o meu corpo, enquanto as chamas distantes que, mesmo que eu tentasse, não se apagavam e ameaçavam desmoronar aquela alma antes que eu saísse, a pressão e a temperatura me impediam de pensar em qualquer solução que não fosse correr, e embora aquela multidão estivesse vestida de construção, tudo que se via eram restos perdidos de algo que nunca saiu do desenho para a prática.
A sensação era de que se tal alma não tivesse tão ferida, ali haveria um grande espaço para estabelecer minha morada, mas o tempo era curto e eu não poderia experimentar as ilusões advindas de cacos de civilizações mortas.
A guerra por algum momento invadiu minha alma enquanto corria, minhas certezas foram derrubadas e saqueadas, quase me perdi dentro daquela guerra, suportei as dores daquela alma para não perder a minha, entreguei minhas riquezas para libertar quem não queria ser liberto, quem já estava acostumado ao terror interior, quem já tinha virado cúmplice do próprio sequestrador, então só me restava pular de uma alma em 150km por hora rumo ao precipício e me machucar o menos possível na fuga daquele terreno infértil na busca de paz.
Minha alma que já experimentara guerras e furtos anteriores, se assombrou diante da possibilidade de tamanho golpe, então entre momentos de silêncios, gritos e ensaios de retirada e combate, finalmente estava na porta de saída e olhava para tudo que acreditava que seria reconstruído, mas que por causa do desgoverno daquele território, não havia quem levantasse a ruína daquela alma, me lancei antes que o precipício fosse o fim de minha busca e decidi que mesmo que doesse, minha alma não deveria perder a própria essência para morrer em guerra inútil contra inimigos invisíveis.
Fraco, porem mais forte, venci as minhas batalhas, mesmo que com alma dolorida e saqueada, ainda com caminhos um pouco tortuosos, pude me jogar e buscar a cura que não pude proporcionar, entrei de volta em mim mesmo e voltei a me governar, uma alma cheia de espaços novos se revelou, novas construções se instalaram, novos aprendizados estavam nas marcas deixadas enquanto estive fora, tudo que tinha perdido estava lá, porque não deixei que as feridas me colocassem no mesmo nível daquele espectro de ideais fraudulentos.
Venci o que era pra ser vencido, antes que pudesse ser plenamente derrotado, encontrei a saída, mas desertei sabendo que deixei sementes, que mesmo vendo a vontade daquela alma e ver o precipício, em algum momento haverá renascimento, tardio ou não, aquela alma há de florescer de vida em plenitude.

quarta-feira, 6 de setembro de 2017

Eu consegui ser o máximo de mim.

No começo eu achei que não conseguiria, na verdade achei que era pequeno e não cresceria, me diminui acreditando que o máximo de mim era ser breve e solitário, era ser médio, medíocre, apenas respirar fundo, com medo de dormir e ter pesadelos em vez de sonhar.

Aos poucos fui crescendo e vendo que poderia ser mais que isso, que poderia ser muito mais do que eu mesmo imaginava, só que crescer envolve ocupar espaços e nem todo mundo está preparado para ver outras pessoas ampliando suas fronteiras. Umas pessoas disseram que eu era pouco, outras que era louco, terceiras duvidaram que isso continuaria, com isso eu fui descobrindo que eu poderia dar o máximo de mim e superar os limites que eu conhecia.

Eu não estudei o suficiente, mas procurei aprender. Eu não trabalhei o suficiente, mas busquei conhecer.
Eu não amei o suficiente, nunca é, mas me doei ao extremo.
Não dei dinheiro aos pobres, mas dei parte de mim como riqueza.
Eu não subi montes e desci vales, mas fui aos confins do meu universo interior.

Na profissão eu não encontrei descanso, no amor eu não encontrei diversão, eu acreditei sempre no que era possível, eu me entreguei aos desamores, virei noites acordado, fui berço e colo, fui mar e solidão, fui desespero e serenidade, do carrossel para a montanha russa, voei e afundei, naveguei em águas de mares bravios, atravessei rios rasos e quase me afoguei em poças pequeninas de aprendizado sem fim.
Mesmo que não tenha sido o melhor, mesmo que não tenha sido o maior, mesmo em meio aos maiores confrontos internos e externos, ainda assim, com toda dificuldade em vencer, ainda que perdesse algumas batalhas, deixasse oportunidades passarem, não me entreguei, não me corrimpi, não joguei a toalha, não devolvi meus territórios conquistados, posso dizer que eu consegui ser o máximo de mim.

domingo, 27 de agosto de 2017

Pessoas e órbitas planetárias.

Já pararam para pensar: E se pessoas fossem comparadas a planetas, estrelas, cometas, buracos negros?

Parece estranho, mas já que todos nós viemos cientificamente e filosoficamente do pó das estrelas, ou do barro como diz em gênesis, por que não imaginar? Vamos lá!

Pessoas sol: São aquelas pessoas que carregam em sí a liderança, sabem levar a vida a quem já foi sol, iluminam pessoas que estão em sua órbita, que nem sempre estiveram lá, mas expulsas de outras órbitas, acabaram se estabelecendo por lá, tem uma luz que chama atenção em grandes distâncias e quanto maior seu tamanho, maior a sua órbita, tendo cometas, planetas com diversas luas e constante formação de novas possíveis estrelas (sóis).

Pessoas planetas: São pessoas que estão na órbita de sua estrela, algumas mais distantes, outras bem próximas, são muito diferentes entre sí, mas carregam algum nível de liderança em sí mesmas, algumas possuem vida interior, outras afloram vida, algumas rodeadas de satélites, mas nada vive lá, outras sem nenhum satélite, mas suportam grandes desastres em quedas de meteoros, ou sobrevivem congestionadas em áreas muito turbulentas, onde a vida pode se formar ou acabar a qualquer momento.

Pessoas satélites: Como a nossa lua. Pode ter surgido do impacto de dois planetas, pode ter sido um meteoro, que encontrou um lugar para se estabelecer, ela se mantém na órbita de seu planeta, se afasta ou se aproxima bem pouco, discreta, mas cumpre um papel forte na manutenção da estabilidade de seu planeta, pessoas sempre presentes, mesmo com as dificuldades interplanetárias (entre os tipos de pessoas).

Pessoas meteoros, meteoritos, cometas: Pessoas instáveis, em constante movimento, podem ter surgido do colapso de algum planeta, podem ter sido ou podem vir a ser uma lua ou um planeta, mas em geral se aproximam muito rapidamente, não dando tempo de a entender, com a mesma rapidez ela desaparece da sua vida, isso quando não causa um grande estrago quando entra perigosamente na sua órbita e vai de encontro ao seu chão, uma grande explosão que pode desfazer as suas propriedades por um grande período de tempo.

Pessoas buracos negros: podem ter sido estrelas anteriormente, tinha muita luz, até mesmo ter dado origem a muitos sóis e planetas, pessoas que foram de grande influência, gerando uma galácia inteira, mas hoje tudo é colapso, puxa para sí toda a energia contida ao seu redor, destrói tudo e todos que atravessam seu caminho, por hora expulsam furiosas rajadas de gás, pessoas que já levaram vida, mas o caos do fim a fez infinitamente pesada, sendo impossível qualquer tipo de aproximação.

Pessoas Quasares: Aparentemente podem ser buracos negros, mas por ter tanta energia e luz envolvidas, podem ser formadoras de pessoas galáxias, pessoas sóis, apesar da instabilidade, tudo que acumulam pode ser devolvido em grandes explosões, pode ser a oportunidade de criação em meio ao caos.

Pessoas planetas errantes: Apenas seguem seu caminho, esperando uma rota de colisão, buscando um sistema que os abrace ou o fim eterno, frios, escuros, não trazem e nem levam energias, apenas passam alheios ao restante do universo, provavelmente se decepcionaram com a órbita em que estiveram.

Somos todos parte desse imenso universo, não estou falando aqui de estrologia, apenas comparando poeticamente pessoas e planetas e garanto que cada um de nós já foi alvo de um meteoro, já teve que recuperar sua atmosfera de algum desastre, já se viu próximo de alguém que vez por outra se afastou sem motivo aparente ou hoje é uma liderança em potencial e se vê com várias dessas pessoas orbitando.

Que hoje possamos ser sol na vida dr alguém, que os buracos negros não suguem nossas energias, que a gente entenda que cada pessoa tem seu propósito hoje, e que se você for um planeta errante, encontre um sistema solar que te devolva a vida, que o caos gere a esperança da criação, seja você sol, ou um planeta, a sua órbita em torno de algo é fundamental, se você está em uma área turbulenta, cheia de meteoros se colidindo, aproveite porque os impactos vão te fazer mais forte, se não está, provavelmente já esteve, gere vidas, você é uma pessoa em um grande universo de infinitas possibilidades, todos somos um.

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Vida "fast food".

Com tanta facilidade no mundo, estamos acostumados ao fast food, aos relacionamentos rápidos, mensagens instantâneas, informação ao toque do celular, mal temos paciência para algo que demora um pouco mais que o previsto...
Quando o recomeço não vem logo depois de algo que acabou, ficamos em dúvida se devemos realmente esperar, ou se devemos manter a mesma rotina, sem alinhar a nossa vida ao momento, deixamos de começar por medo de dar errado, travamos por medo de ir mais rápido, ao mesmo passo que a lentidão causa imensa ansiedade.
E agora? Todo mundo quer algo que não seja raso, algo mais que um relacionamento fast food, uma certeza que dure mais que aquela pequena faísca do fósforo, mas todos nós queremos rapidez na solução dos próprios questionamentos.
A vida impõe com que decisões rápidas sejam tomadas em muitas das nossas áreas, uma profissão que dê rendimentos, graduação que encaixe no orçamento, a roupa que podemos vestir em determinado ambiente, levando toda essa rapidez para os relacionamentos.
Talvez o que a gente precise, sejam pequenas atitudes que abram uma porta de cada vez, um sinal que nos dê certeza de que é para continuar, mesmo que para isso demore mais que o de costume, mesmo que resulte em algum momento de silêncio, mas que nos leve ao local sonhado.
Talvez alguma espera seja necessária para que não se perca o momento perfeito do que pode ser a conquista mais duradoura de nossas vidas.

quinta-feira, 24 de agosto de 2017

O maior de todos os dons.

O maior dom é o amor!

Você pode fazer todos os rituais religiosos de sua crença, se batizar de 1207 formas diferentes, pregar em todos os lugares possíveis, fazer oferendas, ofertas, promessas, discursos, falar as línguas dos anjos ou idiomas de outros países, fluir a energia do universo em seu corpo e o que mais tiver por aí, se você não amar ao próximo, você é apenas um egoísta, hipócrita, nada do que você faz terá sentido, porque amar ao próximo é o maior de todos os dons, é a maior das virtudes, é vital!

O amor tem esfriado, os corações tem se fechado, cada um tem buscado suas próprias entranhas, o outro, o necessitado, o excluído, assim tem permanecido, porque para muitos o amor perdeu o sentido, perdeu o contexto, saiu da moda, da roda de conversa, das teologias e dos livros religiosos.

Por isso tanta ansiedade, tanta depressão, tantas doenças, a correria nos faz perder o olhar da caridade, alguns querem acumular todo o dinheiro do mundo, outros querem o poder, as minorias querem ser ouvidas, as maiorias querem ser supremas e ninguém mais se ouve, o extremismo devasta o mundo por um Deus que não foi ouvido em seu maior símbolo de dor,.

Sem o amor nada seríamos, sem o amor nada somos, sem o amor temos apenas pedras nas mãos para condenar os que pecam de forma diferente do nosso pecado, porque todos nós pecamos e só o amor com sua infinita misericórdia é o que nos mantém vivos, mesmo sendo tão opressores, indignos, extremistas.

(Pregue em tempo e fora de tempo, se necessário use palavras.)

1 Coríntios 13
1 Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, e não tivesse amor, seria como o metal que soa ou como o sino que tine.
2 E ainda que tivesse o dom de profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que tivesse toda a fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria.

domingo, 13 de agosto de 2017

Um dia diferente dos outros.

A maior parte dos nossos dias é feita de diálogos e atitudes rotineiras, a vida é vista quase toda como monótona e sem cor, por aqueles que costumam olhar a janela do mesmo jeito, no mesmo percurso vagueante.
Muitos de nós estamos esperando algo que nos surpreenda, outros já deixaram esse momento para trás, mas eu não quero ser condicionado a esperar por algo que eu não imagino nunca acontecer, eu não quero viver um dia após o outro sem a descoberta de algo novo, sem viver algo inesperadamente e surpreendentemente bom.
Eu não quero perder as esperanças de que a vida é mais do que acordar, ir trabalhar e voltar para casa, de um dia cansado de lutar, estudar e labutar para ser alguém que ainda não se é.
Eu quero ter a sorte de um dia tranquilo, um abraço, um afago, um pouco de um dia descompromissado, o descompasso do horizonte ao anoitecer.
Eu não quero viver de escolhas flutuantes, plano A, plano B, emprego e desemprego, desamores e paixões ao acaso.
Só quero um dia diferente de todos os outros.

quinta-feira, 10 de agosto de 2017

A dose certa.

Ninguém gosta de pessoas meio termo, nem lá nem cá, sem idéias e opiniões próprias ou um estilo de vida que seja seu propriamente dito. O problema está em ser morno, ser alguém sem ser ninguém, ser qualquer coisa e não ser nada, não ter uma forma definida, ser levado pra lá e pra cá como uma substância disforme jogada ao mar.
Tudo na vida precisa ser dosado, você pode ter opiniões formadas, mas não precisa ter opiniões para tudo o tempo todo, não somos sabedores de tudo, temos nosso momento de ensinar e o nosso momento de aprender, nosso momento de falar e nosso momento de ouvir, temos que ser dosados, sem exageros e sem deixar espaços vazios.
Tudo que vem em exagero mostra que tem algo errado, tudo que falta mostra que algo não começou bem e precisa ser preenchido de certo modo, não podemos ser extremistas da razão ou cegos apaixonados, o meio termo não nos leva a lugar algum, mas precisamos da dose certa para não sermos essa substância disforme que é arrastada para qualquer lugar, nem podemos ser tão duros que nenhuma opinião no mundo nos mude e nos faça refletir.
Que não sejamos tão mornos a ponto de querer ser outra pessoa, a ponto de ser qualquer um, menos quem nós somos, que não sejamos tão duros, porque até a pedra mais dura é moldada pela água, que possamos ter a dose certa para buscarmos hoje sermos melhores que ontem, que possamos ser melhores para nós e para os outros, de forma que nós sejamos espelhos e sejamos luz para que outras pessoas queiram ser como nós, sem deixar que a essência se perca, sem deixar que o seu eu deixe de ser seu.

Tudo depende da dose de sí mesmo, do que você escolhe levar consigo e apresenta de sí para os outros.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Tempo de mudança.

Todo mundo é feito de fases, algumas fases nos levam a grandes transformações.
Talvez seja isso que signifique a alegoria da transformação de uma lagarta em borboleta, o casulo seria o tempo de reflexão, aquele tempo estratégico em que você se planeja para mostrar uma nova face ao mundo.
Mas quando identificar que a mudança é de fato necessária? Quando se dá esse alerta de que precisamos entrar ou sair do casulo? Quais são as mudanças que precisamos objetivar para sairmos de uma fase e entrarmos em outra?
Mudar um aspecto de uma subjetividade é muito difícil, principalmente quando não há parâmetros externos que nos levem a ter essa reflexão. Todos nós estamos em constante mudança, mas nem sempre mudamos com a mesma velocidade que deveríamos, vamos retardando um passo, e quando damos conta, estamos parados 10 anos no tempo que já não é nosso.
Como começar a mudança que precisamos quando o que teríamos de mudar antes se acumulou e virou uma bagunça de posturas que ficaram atrasadas no tempo?
O relógio biológico e o psicológico nem sempre andam ao mesmo passo, quando esses relógios não se acertam, como acertar então os ponteiros da vida?
É chegada a hora de mudar, é chegada a hora de ser definitivo!

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Cada um oferece o que transborda.

Nossas atitudes representam muito mais o nosso testemunho, que as palavras que usamos para tentar convencer alguém do que somos.
Eu sou o que sou, minhas palavras não servem de nada se minhas atitudes mostram o contrário.
Todos nós temos falhas, erros diários, afinal somos humanos e estamos constantemente buscando corrigir nossa rota ao longo do dia, mas se nos apoiarmos nos nossos erros para defender o nosso direito de errar, vamos cair no conformismo de não buscar melhorias e correções para nossa caminhada.
Erramos todos os dias, o erro é inevitável, mas que dia após dia possamos acreditar na nossa capacidade de acertar, refletindo sobre onde erramos, não permanecendo no passado do erro e colocando forças no presente para que possamos superar os obstáculos que podem surgir.
Somos uma constante construção, somos vaso de barro, estamos nas mãos do oleiro, sendo moldados e melhorados, para conter a melhor essência, para conter o mais caro perfume e para derramar aquilo do que estamos sendo preparados para transbordar.
O que temos transbordado em nós é o que temos dado aos outros.
O que temos dado de nós? O que temos transbordado? Qual tem sido nosso exemplo de vida? Do que temos sido fonte?
Um pequeno sorriso pode mudar o dia de alguém, um abraço pode mudar a vida de outra pessoa, atitudes mudam o mundo.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

O meu direito de pertencer.

Não me roube de mim
Antes de ser seu
Eu sou meu
Eu sou eu
Eu sou exatamente assim
Não roube de mim o meu direito de ser teu
Mas antes de ser teu
Tenho de ser meu
Tenho de saber o que sou teu.
Não roube minha privacidade
Não te traia por vaidade
Não se iluda sem necessidade
Não se roube da felicidade
Não se procure fora de sí,
Tudo que tens está onde sempre esteve
O que tivera de mim não pode ser roubado, não pode ser rotulado, pode ser dado se pedir
Mas não espere de mim mais do que eu sou, não espere a entrega sem amor
Antes de te dar o que sou, tenho que ser o que quero receber de ti.
Dois são um quando unidos, um ser novo se forma na fusão.
Mais forte seguem juntos, mais unidos seguem resistentes.
Em dois que se unem, jamais um se anulará, pois ainda que sejam um, existirá a subjetividade
Um que se desfaz na união de dois, continua sendo um ou pode se fazer nenhum, pois morreu aquele que era sua outra parte.
Doe e se entregue, mas seja aquele que dá o direito de se viver em privacidade.
Dois que são um de verdade não se perdem em qualquer bagagem, não se levam por qualquer viagem, não fazem de sua mente uma cerca de arame farpado, com medo de perder aquele que conheceu sua maior desvantagem e ainda assim permaneceu.

Antes de ser de alguém busque em você a privacidade e conheça quem pode ser o seu próprio eu, isso se chamará identidade e então poderá ser de alguém sem deixar de ser de sí próprio.

domingo, 9 de julho de 2017

Diferencial

Todo mundo tem um sonho infantil, que vai se confirmando ou mudando ao longo da vida, cada um vai seguindo um caminho, diferente ou não do original, mas todos buscam no amadurecimento dos caminhos, ter um diferencial, ser um referencial, ser conhecido por algo de diferente que faça ou saiba dentro daquilo que escolheu seguir.
A verdade é que nem sempre enxergamos o diferencial das nossas vidas e seguimos uma vida rotineira, fazendo as mesmas coisas todos os dias, buscando os mesmos espaços que outras milhões de pessoas buscam, mas chega um momento que a gente para e se pergunta: Qual é o nosso diferencial?
Aos 5 anos queremos ser heróis, aos 15 queremos tirar 10 na prova, aos 25 queremos casar e ter filhos, aos 30 a gente se pega numa fila de banco, pensando em tudo que queria fazer e não fez, passa uma pessoa por você e fala com alguém sobre seus projetos, sobre os planos que está colocando em prática, outra passa ansiosa porque está próxima de se casar, nessa mesma fila, você está rodeado de histórias, idosos que contam sobre seus netos, e você se questiona: Quem sou eu na fila?
Você quer ter um diferencial em uma fila de banco, onde todos estão levando suas contas pra pagar e você está se questionando sobre aquele seu conhecido que estudou com você e está fora do país, um amigo que virou YouTuber e está super conhecido, ou sobre aquelas fotos que um parente postou de uma das suas conquistas hipervalorizadas e você... Está apenas em uma fila de banco... Lembrando que na infância era um prodígio, muitos diziam que você era inteligente, elogiavam sua forma de falar e agir, e de repente você não encontra esses elogios, se pega sendo uma pessoa normal, ficando onde está, se tornando fã de vários que eram colegas, vizinhos e amigos, vários que encontraram um diferencial e você foi pagar contas.
Muitas vezes não nos damos conta de que somos realmente bons no que fazemos, talvez a gente esteja no lugar errado, rodeado por pessoas erradas, buscando ter um diferencial em uma coisa que não fomos projetados a fazer, batendo contra uma porta que jamais vai se abrir, porque é uma parede feita por pessoas que jamais abriram uma porta, ou porque aquelas portas eram delas e você quer abrir portas de outras pessoas, você deixa de reconhecer o seu diferencial por se comparar com pessoas que tem habilidades diferentes das suas, enterra seu talento porque acha que o seu talento é menor que o dos outros, deixa de sonhar o seu sonho pelo medo do que os outros sonham e parte a viver apenas em uma fila de banco, em pé, esperando que sua vez chegue, sem nunca ter saído do lugar e buscado outra forma de viver.
A gente quer ser tempero, mas tem medo de ser sal, a gente quer ser diferente, mas tem medo de cair no chão, a gente morre em guerra por não conhecer a própria paz.
A gente perde muito tempo se comparando com os outros e se esquece de perceber que o nosso diferencial começa em assumir quem somos e que somos únicos na arte de sermos quem somos.
A zona de conforto começa quando achamos que somos suficientes e que onde estamos é onde conseguimos estar.
Qual é o meu diferencial? Qual é o seu diferencial? É sempre bom a gente se perguntar, não custa nada tentar...
Quem é você quando fala dos seus sonhos?

sábado, 1 de julho de 2017

Aquele pequeno momento...

Ninguém é feliz sempre!
Geralmente, os momentos de felicidade se alternam com momentos comuns, preocupações corriqueiras, entre outras coisas que envolvem nossa rotina diária.
Podemos valorizar o sentimento de felicidade quando reconhecemos que somos parte do mundo de alguém, que estamos em algum momento da nossa rotina, fazendo alguém feliz...
Mas por que fazemos alguém feliz?
É tão difícil pensar e se colocar no lugar do outro ultimamente que só buscamos as nossas próprias realizações, e mesmo assim, não somos plenamente felizes, apenas acabamos virando mendigos da alma, pedintes de sorrisos, viciados em alegria em troca de realizações, em troca de atos que comprovem algum nível de relação.
Fazemos alguém felizes, quando somos capazes de transformar mundos, sem exigir deles suas riquezas, somos felizes quando somos capazes de fazermos felicidade.
Felicidade não é trocar ouro por espelhos, isso é conquista de território, colonização da pior forma. Felicidade é se colocar no lugar do outro, promover o outro a rei do seu mundo, sem perder a majestade subjetiva que emana em você.
Não se preocupe se um momento de felicidade acaba de passar, outros tantos virão como ondas e lhe trarão o vento necessário para o seu barco continuar navegando.
"Aquele pequeno momento, se chama felicidade."

sexta-feira, 30 de junho de 2017

Dois grãos de areia.

Uns tem tanto, outros tão pouco.
Alguns possuem tudo, mas não são donos do próprio eu.
Outros cheios de sí, possuem apenas o eu, egoísta e nada mais.
Vivemos divididos entre o ser e o ter, vivemos lutando para ter, acumulando de tudo para dizer que somos,
Somos o que? Se tivermos tanto, o que sobra para ser?
Nos mostramos fortes e imponentes, por medo de sermos reconhecidos em nossas fraquezas.
Somos o que não acumulamos, somos o que aprendemos a ser, o que temos, não temos e nunca tivemos.
O que temos é o que faz parte de nós quando estamos sós, nossa subjetividade em forma de sonho, em forma de sino, em forma de tudo que não sabemos dizer, mas nos torna tal, parte de um livro, parte do todo, o todo na parte.
Sabe o que é o cúmulo? O amor ser visto inútil por tantos e valorizado ao extremo, por quem vive o caos da  efêmera passagem do relógio, a dúvida da existência após a curva da estrada, a linha tênue entre o dia ensolarado e o temporal.
Todos somos um mundo, somos reis ou somos reinados, somos pequenos príncipes procurando significados.
Há quem fale com as rosas, há quem seja a rosa, há quem admire o sol no horizonte, há quem admire o dom sobrenatural de apenas ser, carregando em sí tudo que tem, mesmo sem saber até quando será.
Não somos imunes, nunca vamos sair impunes, todos temos nossas vãs imperfeições, nossa morte nos acompanha a cada quadro ou foto na estante, enquanto a vida é apenas o instante.
Somos instantes, momentâneos, passantes, buscando o que nos reflete, o que nos parece, o que nos compreende, o sentido do abraço apertado, a memória no passado.
Temos nossas abstinências, todos sofremos um dia, temos nossas ausências, não nos temos, nem temos quem queremos sempre, mas diante de toda dor, somos pilares de toda grande existência.
Você e eu, dois castelos, dois mundos, duas fortalezas.
Ninguém sabe que somos grão de areia, mas não deixe que os outros saibam, um grão de areia é único, dois grãos de areia são a perfeição.

terça-feira, 6 de junho de 2017

O sorriso...

Sorriso também é lágrima, sorriso também é líquido, sorriso é capa de invisibilidade, sorriso é bom, mas pode ser ruim, pode mostrar ou ocultar, pode pedir ajuda ou afastar, pode ser disfarce, fantasia, entorpecente, droga ou representar a transcendência do espírito.
Você pode sorrir de amor, pode sorrir para esconder a dor, sorrir de nervoso, ansiedade, ou por loucura, rir para não chorar, sorrir para o tempo que não vai passar, pássaros, passados, passeios, sorrisos sofridos, sorrisos nas fotos, sorrisos nas horas, viagens do tempo.
Sorriso é gasolina da alma, pode incendiar paixões, apagar as guerras, iludir nações, pavios de guerras, pátios e porões, gasolina que queima, que se acende, que movimenta, que explode e explora o terreno das emoções.
Sorriso, riso, só sorrio como o rio, que corre e vai, dentro e fora, de dentro para fora, fonte de sonho, fonte de razão, riso que escorre entre o olhar que dorme e o sol e a lua, no meio da rua, dentro de casa, percorre o sabor do beijo e vai do prazer ao desejo.
Sabor, amor, pavor, labor, catarse, epifania, epitáfio, emoção, tudo em um segundo, essa indefinição é que pode ser um mero sorriso.

O que eu digo ser amor.

Amor é quando o encanto inicial acaba e mesmo com todos os defeitos e qualidades do outro, você decide permanecer.
O amor é tudo que fica quando a empolgação da paixão acaba e você vê que o outro é feito de potenciais e deficiências.
O amor é quando você não projeta no outro o que falta em você, não o torna extensão dos seus projetos e egoísmos, mas dá as mãos independente dos resultados que seguirem.
O amor é tudo aquilo que você é, é identidade, é mistério, é personalidade, é atitude, é ser e estar, permanecer e continuar, eu e você, nós, nós atados, arados, terreno fértil, abraço, embarque.
O amor não pode se dar nome, mas sem tem um grande significado, é símbolo, é cruz, é redenção, é a via sacra, é a poesia, é a atenção.
O amor é sinapse, é hormônio, é humano, é espiritual, é genética, absoluto, cerebral, corporal, é alma, é âmago, é sonho, é real.
O amor é o além do que podemos ir, é estar exatamente alí, dentro do melhor abraço que se pode achar.
Não existe amor perfeito, não existem príncipes encantados, não existe princesa presa na torre, não existe "Felizes para sempre" o amor romantizado é mito, o amor de verdade é feito de altos e baixos, percalços da vida, passo a passo, descalço, a pé.
O amor é o que é, não precisa que digam o que precisa ser, não cabe em qualquer sentido, precisa apenas ser sentido, querido, bem-vindo, aceito, construído, vivido.
O amor é o que eu e você dizemos sentir quando damos sem esperar receber, é ser luz, caminho e caminhada, é manhã, tarde, noite e madrugada, sem relógio, atemporal, chuva de verão, frente e verso, prosa, rosa e tudo mais...
Texto infindável de palavras, mas que palavra nenhuma alcança o significado do que só a atitude pode pregar.

sábado, 22 de abril de 2017

Qual o tamanho do seu universo?

Já parou para pensar no tamanho do universo hoje?
O universo conhecido tem um tamanho, não é infinito, mas é recheado de surpresas, coisas que se não entendemos agora, vamos permanecer assim por um bom tempo, mas com a curiosidade em saber e imaginando como chegar até lá.
Os maiores cosmólogos e cientistas conseguiram o que é quase impossível, enxergar os limites observáveis do nosso universo, mas isso não significa que ele termine lá, só significa que nossos melhores telescópios ainda são extremamente limitados e pequenos, diante da vastidão existente lá fora.
Existem inúmeros planetas, estrelas, galáxias e partículas mínimas sendo descobertos e estudados neste momento, mas conhecemos tanto o universo quanto o nosso planeta, olhamos para fora e olhamos para dentro da mesma forma, descobrindo que sabemos pouco de ambos, cada dia com novas descobertas, com novas inspirações sobre o começo e o fim de tudo que nos cerca, essa ansiedade por descoberta é que torna tudo tão apaixonante.
Muitos de nós temos um medo tão grande de conhecer o universo profundo, que esquecemos de buscar essa profundidade em nós mesmos, passamos a vida conhecendo apenas o limite mais raso da nossa existência, não nos conhecemos e nos contentamos em lidar com o pouco que achamos saber sobre nós mesmos ou o que dizem que nós somos.
Olhamos o espelho e nos contentamos com o que achamos nele, não refletirmos realmente sobre a essência do que estamos vendo nele, não olhamos a vastidão de vontades de uma personalidade em ebulição e criação no telescópio da nossa alma e não buscamos entender novas e pequenas partículas que nos causam dúvidas sobre nós mesmos, não sabemos responder quem nós somos quando confrontados, porque não buscamos saber quem nós estamos sendo naquele exato instante.
98% dos átomos contidos no nosso corpo são trocados ao longo da nossa vida, estamos em constante mudança, mas continuamos ser quem somos, um átomo seu pode estar em mim agora ou em direção ao sol, e o seu sol, por onde anda?
Mesmo nos olhando no espelho, não somos especialistas em saber quem nós somos o tempo todo, mas teremos alguma resposta se buscarmos constante conhecimento, o espelho pode também mostrar uma imagem contorcida e distorcida sobre nós, se o mesmo não for plenamente reto, estiver quebrado ou tiver outros tipos de curvatura, portanto, é necessário ter muita atenção ao que estamos enxergando, pois algo que está absurdamente distante de nós, pode ser confundido e transformado por nossa imaginação em um grande monstro devorador de mentes, consumidor de sonhos.
A força da criação é muito maior que a destruição causada por qualquer buraco negro massivo, a luz está em todo lugar, mesmo entre o espaço vazio entre uma estrela e outra, a força criativa está agindo na manutenção da existência e transformação do todo, somos todos um universo em constante evolução, crescimento, transformação, portanto, tão importante quanto conhecer o que está lá fora, é conhecer o que está dentro de nós, apesar do imenso vazio em algumas partes do nosso universo, existe alguma coisa lá acontecendo neste exato momento.
Se conheça e conhecerá um grande universo.
Loucura mesmo é não saber quem você  pode ser, loucura é lidar somente com seus aspectos conhecidos e se limitar a ser uma pequena parte de quem você pode ser, por medo de não saber lidar com tanta informação.

terça-feira, 28 de março de 2017

Somos todos obsoletos?

Buscamos no outro que já está pronto em nós, mas esquecemos que não nascemos prontos.
Buscamos no outro excelência onde temos nossas carências, mas não nos perguntamos qual é a excelência ou a carência do outro.
Buscamos alguém que faça tudo exatamente da forma que queremos, mas não mudamos essa forma pelo outro.
Buscamos alguém que nos agrade no primeiro encontro, sem dar possibilidade ao erro, se não nos agrada, tornamos o último.
Buscamos envolvimento de carnes, mas esquecemos de envolver nossas almas.
Sempre com pressa, queremos resultados avassaladores e esquecemos que a brisa também é resultado.
Queremos mergulhar, sair inebriados, tontos, desconexos, mas esquecemos de curtir os momentos leves, a caminhada de mãos dadas, a conversa de portão, o brilho no olhar, da ansiedade daquela conquista, o prazer de ter uma conversa diferente, olhar para o céu e ver o formato das nuvens.
Se a pessoa transpira nas mãos, se a pessoa não avançou o sinal, não levou para a cama no primeiro encontro, não tem uma forma de fugir da realidade, não serve.
Se o primeiro beijo foi ruim, a gente procura quem beije bem, sem ter dado a oportunidade de tentar um jeito diferente de beijar. Se sua posição política é outra, nem começa a conversar.
Somos tão seletivos que testamos um após outro, sem dar a ninguém a oportunidade de conhecermos por dentro o que estamos vendo por fora.
E dessa forma, ninguém acaba servindo para ninguém, ficamos pelo meio do caminho, pois analisamos superficialmente e jogamos fora o que antes consertávamos ou levávamos mais tempo para deixar que o próprio tempo se encarregasse de dar o devido rumo.
Tudo passa tão rápido, tudo é tão obsoleto e tão "trocável", descartável, que temo encontrar em algum lugar no meio desse caminho, em uma pilha de livros, que julgados pela capa não foram lidos ou lidos parcialmente, pessoas profundas e com um imenso potencial transformador, transformadas pela superficialidade de um mundo tão raso.

(Pedro Garrido)

quarta-feira, 22 de março de 2017

Horizonte (20/03/2016)

Eu sempre olhei para lugares distantes, sempre imaginei o que eu poderia enxergar no limite do horizonte, sempre olhei o mar e lá imaginava o futuro distante, aquela linha do tempo bem desenhada, o balançar das ondas, a esperança de realizar aquela caminhada conforme o previsto.

O tempo passou e vi que meu coração foi enganoso, os horizontes eram distantes e nuvens sempre obscureciam minha visão, o mar era bravio, as tempestades balançavam o barco, causando ansiedade, uma dor por não poder prever o futuro, dor maior por conhecer o presente ao qual eu pertencia e lutava para mudar e os imprevistos que teimavam em acontecer.

O tempo passa como a areia em uma ampulheta, a água corre do rio para o mar e encontra o caminho esvaindo pelas mãos, não controlamos nada, perdemos as coisas, perdemos os sentidos, perdemos e ganhamos o que nunca foi nosso sem saber quando ou como.

Muito do que eu vi ficou, passou, mas não deixei de olhar o horizonte, passei a olhar as estrelas e as incontáveis histórias que ainda posso contar, aprendi que eu posso suportar variadas dores, posso fazer de mim um daqueles pontos de luz que estão bem além do nosso horizonte, aprendi que, apesar de olhar para longe, eu tenho visto em mim o fundamental para continuar, independente do terreno que eu passe, existe um horizonte em expansão, um universo que cresce, à medida que se aprende a lidar com as mudanças, tudo dentro de mim pode ser maior que era antes, quando tudo ainda era medo do desconhecido.

Tudo é horizonte, tudo é universo.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Comercial de margarina. (07/08/2016)

A vida pode ser mais leve, os passos podem ser mais suaves, mesmo sob a pressão dos dias atuais, mesmo sob a responsabilidade de presidirmos cada setor da nossa história e a obstinação pelo sucesso.
Podemos ser mais coexistentes, mais complacentes, menos territorialistas, mesmo as coisas não saindo da forma que esperamos, ainda podemos repensar a nossa conduta e o que estamos fazendo para manter ao nosso redor as pessoas que torcem para o nosso bem.
Vai dar tudo certo, mas antes vai dar errado. Precisamos errar para aprender, precisamos perder argumentos, abrir mão do peso que colocamos em nossas caminhadas, das exigências que criamos para que nosso sorriso possa ser real, precisamos ser mais nós mesmos para nós em vez de querermos idealizar um ser que só existe na mente dos outros.
Temos que aceitar que quando um plano dá errado faz parta da vida, outros tantos podem dar certo, mas não podemos comparar o que fazemos com o que outras pessoas fazem, porque cada experiência é única e imitar o que se tem por padrão, pode ser pior que o fracasso de nunca ter tentado, pois você acaba se tornando apenas mais uma cópia de um mero comercial de margarina na TV.

Desafios.

Imagine um desafio assim....

Você é desafiado a postar suas conquistas, realizações, e tudo mais que faz sua vida ser aquele quadro de parede caro que você coloca no meio da sala...

Em vez disso, você posta os calos nas mãos, as bolhas nos pés, os litros de suor que percorreram seu corpo, as inúmeras canetas, lápis e borrachas que você perdeu estudando, suas olheiras de acordar cedo pra pegar o ônibus, arranhões, dores adquiridas pelo esforço, entre outros...

É muito fácil postar só o lado bom da coisa, jogar na cara da sociedade que você é bem sucedido por ter feito uma escolha e dizer que sua escolha foi  melhor que a dos outros, fazer com que os outros se sintam, de certa forma, inferiores, mas novamente tudo tem o outro lado da moeda...

Quantas vezes aquela pessoa não se arrependeu de ter feito inúmeras daquelas escolhas? Quantas vezes ele ou ela não pensou em desistir? Quantas vezes não deve ter chorado se questionando se era isso que ele viveria para o resto da vida?

A gente não pode se rotular ou rotular  maneira que alguém vive como melhor ou como pior só por conhecer uma das faces da moeda, a gente não pode cair na asneira de se conformar com o que está vendo ou tentar impor aos outros que sua vida é melhor que a de alguém porque você conquistou e ela não.

Pense nisso, a vida é mais que essa guerra de padrões.  O que pra você pode ter sido fácil, pode ter sido um imenso confronto para outros.

Eu não te desafio a nada, apenas a ser você mesmo e não se iludir com o cheiro das rosas.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Sobre os sonhos que temos.

Eu tenho sonhos, quem não tem?
Todos nós temos sonhos, sonhos ridículos ou sonhos grandiosos, não há como negar que todos nós somos movidos pelos sonhos que temos e desde a infância são os sonhos que nos motivam a continuar tentando, mesmo que pareça banal, mesmo que pela inocência de quem éramos, sempre acreditamos em algo que nos motiva a ser melhores.
Acreditamos algum dia, que se fôssemos bons, seríamos visitados por papai noel e sonhavamos em vê-lo com o nosso presente na exata meia noite do dia 25 de dezembro, acreditávamos em coelho da páscoa e nas escolas colavam nossos rostos com aquele grude que só era engraçado nas fotos, para sair com um ovo de chocolate e o sorriso estampado por toda parte.
Mas chega um momento em que nossos primeiros sonhos são destroçados, nos confrontamos com uma terrível verdade sobre o mundo: papai noel e o coelho da páscoa não existem. E novamente você, mesmo que desanimado, se vê obrigado a continuar sonhando, sendo ilusão ou não, você acaba encontrando formas mais concretas de sonhos, você acaba usando a frustração infantil para amadurecer suas prioridades, e com isso, passamos pela infância, adolescência e por fim, a maturidade da idade adulta.
É na idade adulta em que podemos perceber que ainda somos crianças, e de certa forma, ainda elegemos alguém ou alguma coisa como nosso novo papai noel, e novamente, vemos inúmeros sonhos sendo desfeitos e refeitos logo em seguida, vemos nossa construção ruir e ser refeita logo em seguida.
Entramos em empregos com expectativa de virarmos diretores, cursamos uma faculdade esperando sermos palestrantes do nosso sucesso, entramos em relacionamentos imaginando nossos filhos e netos ao nosso redor, ouvindo nossas experiências e viagens ao redor do mundo e... Não é bem por aí que a coisa anda.
A realidade é que sonhamos acordados demais, planejamos muito e não nos preparamos o suficiente para nossas frustrações, mas por que não?
Porque somos imediatistas e vivemos sob espera de recompensa e se não somos recompensados com o nosso esforço tendemos a desistir e desanimar do nosso objetivo, reclamar de onde estamos, da pessoa com quem escolhemos naquele momento e vivemos em uma nuvem de incertezas sobre quem somos.
Não esperamos que no nosso primeiro emprego, talvez a gente precise limpar o chão e isso nos confronta com a realidade, saímos da escola sem saber que curso fazer e não acertamos na primeira, nem na segunda escolha, ou fazemos um curso que não nos agrada para termos currículo, nosso primeiro relacionamento, que parecia eterno, dura no máximo 3 meses e a gente acaba se sentindo num limbo, talvez um pesadelo, mas não um sonho e... Onde está o papai noel? Onde está o gostinho do chocolate da infância?
Somos obrigados a crescer, somos obrigados novamente a acreditar que vamos realizar nossos sonhos, mesmo desmotivados e conflitantes com a realidade apresentada e aí é que vemos como cada um lida com as frustrações.
Alguns vão desmerecer os nossos sonhos, vão nos diminuir, pelo simples fato de não terem realizado o próprio sonho, outros vão querer nos usar para conquistar o próprio sonho, desmerecendo também o nosso, muita gente vai perceber que pode sonhar mais alto, e por mais que a dificuldade seja grande, vai encontrar meios de vencer sem criticar ou diminuir o outro, sempre vai haver o desanimo rondando, pessoas vão entrar e sair do seu sonho o tempo todo, mas no final, talvez seu sonho se realize muito maior do que você esperava ou se limitava a sonhar, e todas as frustrações te fizeram enxergar o quão grande você poderia ser se sonhasse sem medo da ilusão.
Eu tenho um sonho, você pode ter também.

domingo, 5 de fevereiro de 2017

A grande verdade sobre mim...

Em nenhum momento da minha vida vou esconder meus defeitos ou mentir minhas qualidades para conquistar ninguém.
Sempre mostrei meus defeitos e limitações, afinal, quem quisesse me seguir teria que conhecer também.
Eu nunca prometi surpresas, presentes mirabolantes, viagens inesperadas, pois se fosse para surpreender, que fosse sem criar expectativas.
Eu nunca prometi casa, comida e roupa lavada, nunca disse que sabia cozinhar, que lavar a louça seria um hobby e lavar a roupa era meu forte.
Eu nunca fui o príncipe encantado esperado por ninguém, nunca esperei por uma princesa, nunca fui exemplo de perfeição ou de padrão de relacionamento.
Eu nunca fui esse tipo de cara que as mulheres fantasiam encontrar e ter um final feliz, acordar um dia qualquer e do nada, se ver com o café da manhã servido na cama, e pá! A mulher lá, toda feliz porque o homem entendeu e solucionou todas as questões da humanidade por ela.
Sou um ser humano normal, me pego perdido em meus próprios questionamentos, dou a melhor versão de mim por amor, quebro meus dogmas, minhas manias e individualidades para estar junto, sou ombro, sou ouvidos,  sou corpo inteiro para me doar.
Não vou enganar quem quiser chegar: Não sei cozinhar, não sou o melhor em várias coisas, talvez não saiba surpreender nem ter atos heróicos em defesa da pessoa amada.
O café da manhã talvez esteja lá, com uma rosa, numa manhã qualquer, mas quero deixar claro que se for para me escolher, tem que saber que sou tudo o que falei e adverti antes, todos os defeitos e qualidades foram informados para que não haja arrependimento depois.
Talvez eu te mande uma poesia em forma de café, talvez te leve pra sair e comer um sushi, ou uma simples imagem seja o presente do dia, se te fizer feliz, isso me fará estar em paz
Se mesmo depois disso, a pessoa escolher por mim, quero que saiba que talvez eu não seja o cara certo, mas o tempo se encarrega de nos fazer melhores.
Pode entrar, a porta está aberta, não repare a bagunça.

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

Sobre as cicatrizes.


"Cicatrizes contam a história de quem nós somos e como chegamos onde estamos."

Todos nós já nos pegamos vendo alguma de nossas cicatrizes, lembrando de como ela surgiu e quanto tempo ela levou para ficar da forma que é atualmente.
Também já nos pegamos vendo cicatrizes de outras pessoas desconhecidas e tentamos desvendar as histórias por trás das marcas deixadas.
Grandes e pequenas cicatrizes contam a história de quem somos e como chegamos onde estamos, pode ter sido doloroso, pode ter necessitado de pontos ou de remédios para que fossem curadas, resultados de cirurgias, ou simplesmente são resultados de experiências psicológicas, as marcas sempre estarão lá, contando um pouco sobre o que deixamos ser revelado.
Em alguns momentos da nossa vida, tentamos esconder algumas dessas marcas, temos vergonha de evidenciar nossas fraquezas e nossos machucados, tentamos encobrir as decepções do passado, e vestimos armaduras diante de pessoas e situações que pareçam embaraçosas, isso é absolutamente normal, pois queremos sempre parecer fortes e saudáveis na nossa caminhada, com medo do julgamento que farão de nós.
Quem não tem marcas que atire a primeira pedra? Por que alguém seria perfeito o suficiente para negar a existência das cicatrizes no próprio corpo? Não existe ninguém que não tenha caído de uma árvore e quebrado um osso, aberto um queixo ou cabeça, que não tenha aprendido alguma lição com isso, cada marca representa essa lição e o que aprendemos com ela.
Não precisamos deixar de viver, de sair de casa, ou andar em bolhas hermeticamente fechadas para nos prevenirmos do pior, pois cada experiência nos ensina exatamente o que precisamos aprender para sermos melhores, superando nossas maiores limitações.
Não deu certo? Tente de novo, e de novo, de novo, até que dê certo! Mas nunca tente fazer da mesma forma. Se deu errado, tente diferente, mude novamente, as tentativas gerarão algumas dessas cicatrizes, mas se der certo, elas vão representar o seu esforço de ter se aprimorado para criar algo completamente novo para você mesmo e para os que estão ao seu redor!
Mas atenção! Jamais use suas cicatrizes como forma de mostrar sua superioridade sobre outras pessoas, tem muita gente se mutilando aí somente pelo prazer da dor, de mostrar que as experiências de vida foram intensas, não permitindo que a ferida se feche, apenas para se manter dentro de um ciclo onde a sua história serve unicamente de penalização pelos fracassos não superados.
Supere e veja que os fracassos são necessários para que haja o sucesso e escolha se você quer ou não fechar as feridas do tempo.
Você tem uma grande história a ser contada!

#EuEscolhiEncontrar

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

O que é a felicidade?

O que é a felicidade?

Muita gente busca a felicidade de diversas formas, sem exatamente saber traduzir o sentido dessa palavra, sem buscar plenitude de sentido no que está buscando, e acaba que não sabe se está realmente sendo feliz no que está fazendo.

Então, será que somos ou estamos felizes, ou só estamos tentando refletir nos outros aquilo que não somos, para preencher um vazio da própria imagem? Ou estamos tentando mostrar aos outros que superamos as expectativas ou limites que nos deram, que nos julgaram capazes?

Estamos buscando a nossa felicidade ou aquilo que os outros consideram o motivo da nossa felicidade? Estamos querendo ser felizes para provar algo para alguém ou porque estamos livres dos complexos padrões que moldam a sociedade?

Estamos praticando a felicidade ou estamos nos mutilando para mostrar falsos sorrisos nas fotos?
Pratique a felicidade, sem grandes sacrifícios, sem cobranças por grandes resultados, sem pressa, pratique a arte de ser você mesmo, mesmo que o choro ou o riso se contrastem em algum momento.

A felicidade pode te surpreender quando você perceber que surpresas acontecem sem avisos, e você verá a felicidade sem ter medo de ser mais leve.

Seja feliz por você, seja você quem for!