terça-feira, 25 de julho de 2017

Tempo de mudança.

Todo mundo é feito de fases, algumas fases nos levam a grandes transformações.
Talvez seja isso que signifique a alegoria da transformação de uma lagarta em borboleta, o casulo seria o tempo de reflexão, aquele tempo estratégico em que você se planeja para mostrar uma nova face ao mundo.
Mas quando identificar que a mudança é de fato necessária? Quando se dá esse alerta de que precisamos entrar ou sair do casulo? Quais são as mudanças que precisamos objetivar para sairmos de uma fase e entrarmos em outra?
Mudar um aspecto de uma subjetividade é muito difícil, principalmente quando não há parâmetros externos que nos levem a ter essa reflexão. Todos nós estamos em constante mudança, mas nem sempre mudamos com a mesma velocidade que deveríamos, vamos retardando um passo, e quando damos conta, estamos parados 10 anos no tempo que já não é nosso.
Como começar a mudança que precisamos quando o que teríamos de mudar antes se acumulou e virou uma bagunça de posturas que ficaram atrasadas no tempo?
O relógio biológico e o psicológico nem sempre andam ao mesmo passo, quando esses relógios não se acertam, como acertar então os ponteiros da vida?
É chegada a hora de mudar, é chegada a hora de ser definitivo!

sexta-feira, 21 de julho de 2017

Cada um oferece o que transborda.

Nossas atitudes representam muito mais o nosso testemunho, que as palavras que usamos para tentar convencer alguém do que somos.
Eu sou o que sou, minhas palavras não servem de nada se minhas atitudes mostram o contrário.
Todos nós temos falhas, erros diários, afinal somos humanos e estamos constantemente buscando corrigir nossa rota ao longo do dia, mas se nos apoiarmos nos nossos erros para defender o nosso direito de errar, vamos cair no conformismo de não buscar melhorias e correções para nossa caminhada.
Erramos todos os dias, o erro é inevitável, mas que dia após dia possamos acreditar na nossa capacidade de acertar, refletindo sobre onde erramos, não permanecendo no passado do erro e colocando forças no presente para que possamos superar os obstáculos que podem surgir.
Somos uma constante construção, somos vaso de barro, estamos nas mãos do oleiro, sendo moldados e melhorados, para conter a melhor essência, para conter o mais caro perfume e para derramar aquilo do que estamos sendo preparados para transbordar.
O que temos transbordado em nós é o que temos dado aos outros.
O que temos dado de nós? O que temos transbordado? Qual tem sido nosso exemplo de vida? Do que temos sido fonte?
Um pequeno sorriso pode mudar o dia de alguém, um abraço pode mudar a vida de outra pessoa, atitudes mudam o mundo.

quinta-feira, 20 de julho de 2017

O meu direito de pertencer.

Não me roube de mim
Antes de ser seu
Eu sou meu
Eu sou eu
Eu sou exatamente assim
Não roube de mim o meu direito de ser teu
Mas antes de ser teu
Tenho de ser meu
Tenho de saber o que sou teu.
Não roube minha privacidade
Não te traia por vaidade
Não se iluda sem necessidade
Não se roube da felicidade
Não se procure fora de sí,
Tudo que tens está onde sempre esteve
O que tivera de mim não pode ser roubado, não pode ser rotulado, pode ser dado se pedir
Mas não espere de mim mais do que eu sou, não espere a entrega sem amor
Antes de te dar o que sou, tenho que ser o que quero receber de ti.
Dois são um quando unidos, um ser novo se forma na fusão.
Mais forte seguem juntos, mais unidos seguem resistentes.
Em dois que se unem, jamais um se anulará, pois ainda que sejam um, existirá a subjetividade
Um que se desfaz na união de dois, continua sendo um ou pode se fazer nenhum, pois morreu aquele que era sua outra parte.
Doe e se entregue, mas seja aquele que dá o direito de se viver em privacidade.
Dois que são um de verdade não se perdem em qualquer bagagem, não se levam por qualquer viagem, não fazem de sua mente uma cerca de arame farpado, com medo de perder aquele que conheceu sua maior desvantagem e ainda assim permaneceu.

Antes de ser de alguém busque em você a privacidade e conheça quem pode ser o seu próprio eu, isso se chamará identidade e então poderá ser de alguém sem deixar de ser de sí próprio.

domingo, 9 de julho de 2017

Diferencial

Todo mundo tem um sonho infantil, que vai se confirmando ou mudando ao longo da vida, cada um vai seguindo um caminho, diferente ou não do original, mas todos buscam no amadurecimento dos caminhos, ter um diferencial, ser um referencial, ser conhecido por algo de diferente que faça ou saiba dentro daquilo que escolheu seguir.
A verdade é que nem sempre enxergamos o diferencial das nossas vidas e seguimos uma vida rotineira, fazendo as mesmas coisas todos os dias, buscando os mesmos espaços que outras milhões de pessoas buscam, mas chega um momento que a gente para e se pergunta: Qual é o nosso diferencial?
Aos 5 anos queremos ser heróis, aos 15 queremos tirar 10 na prova, aos 25 queremos casar e ter filhos, aos 30 a gente se pega numa fila de banco, pensando em tudo que queria fazer e não fez, passa uma pessoa por você e fala com alguém sobre seus projetos, sobre os planos que está colocando em prática, outra passa ansiosa porque está próxima de se casar, nessa mesma fila, você está rodeado de histórias, idosos que contam sobre seus netos, e você se questiona: Quem sou eu na fila?
Você quer ter um diferencial em uma fila de banco, onde todos estão levando suas contas pra pagar e você está se questionando sobre aquele seu conhecido que estudou com você e está fora do país, um amigo que virou YouTuber e está super conhecido, ou sobre aquelas fotos que um parente postou de uma das suas conquistas hipervalorizadas e você... Está apenas em uma fila de banco... Lembrando que na infância era um prodígio, muitos diziam que você era inteligente, elogiavam sua forma de falar e agir, e de repente você não encontra esses elogios, se pega sendo uma pessoa normal, ficando onde está, se tornando fã de vários que eram colegas, vizinhos e amigos, vários que encontraram um diferencial e você foi pagar contas.
Muitas vezes não nos damos conta de que somos realmente bons no que fazemos, talvez a gente esteja no lugar errado, rodeado por pessoas erradas, buscando ter um diferencial em uma coisa que não fomos projetados a fazer, batendo contra uma porta que jamais vai se abrir, porque é uma parede feita por pessoas que jamais abriram uma porta, ou porque aquelas portas eram delas e você quer abrir portas de outras pessoas, você deixa de reconhecer o seu diferencial por se comparar com pessoas que tem habilidades diferentes das suas, enterra seu talento porque acha que o seu talento é menor que o dos outros, deixa de sonhar o seu sonho pelo medo do que os outros sonham e parte a viver apenas em uma fila de banco, em pé, esperando que sua vez chegue, sem nunca ter saído do lugar e buscado outra forma de viver.
A gente quer ser tempero, mas tem medo de ser sal, a gente quer ser diferente, mas tem medo de cair no chão, a gente morre em guerra por não conhecer a própria paz.
A gente perde muito tempo se comparando com os outros e se esquece de perceber que o nosso diferencial começa em assumir quem somos e que somos únicos na arte de sermos quem somos.
A zona de conforto começa quando achamos que somos suficientes e que onde estamos é onde conseguimos estar.
Qual é o meu diferencial? Qual é o seu diferencial? É sempre bom a gente se perguntar, não custa nada tentar...
Quem é você quando fala dos seus sonhos?

sábado, 1 de julho de 2017

Aquele pequeno momento...

Ninguém é feliz sempre!
Geralmente, os momentos de felicidade se alternam com momentos comuns, preocupações corriqueiras, entre outras coisas que envolvem nossa rotina diária.
Podemos valorizar o sentimento de felicidade quando reconhecemos que somos parte do mundo de alguém, que estamos em algum momento da nossa rotina, fazendo alguém feliz...
Mas por que fazemos alguém feliz?
É tão difícil pensar e se colocar no lugar do outro ultimamente que só buscamos as nossas próprias realizações, e mesmo assim, não somos plenamente felizes, apenas acabamos virando mendigos da alma, pedintes de sorrisos, viciados em alegria em troca de realizações, em troca de atos que comprovem algum nível de relação.
Fazemos alguém felizes, quando somos capazes de transformar mundos, sem exigir deles suas riquezas, somos felizes quando somos capazes de fazermos felicidade.
Felicidade não é trocar ouro por espelhos, isso é conquista de território, colonização da pior forma. Felicidade é se colocar no lugar do outro, promover o outro a rei do seu mundo, sem perder a majestade subjetiva que emana em você.
Não se preocupe se um momento de felicidade acaba de passar, outros tantos virão como ondas e lhe trarão o vento necessário para o seu barco continuar navegando.
"Aquele pequeno momento, se chama felicidade."